quinta-feira, 26 de abril de 2018

58 anos da Vila Dimas

VILA DIMAS 58 ANOS DE HISTORIA

     Foto: 1 de maio de 2018 Praça da Vila Dimas

Prof. Manoel Messias Dias da Silva, filho do pioneiro Dimas Leopoldino da Silva - Fundador da Vila Dimas no ano de 1960 em Taguatinga Sul DF.

No dia 1 de maio a Vila Dimas completa 58 anos de criação, dia do trabalho e da transferência de muitos moradores que viviam nas invasões aos arredores do Plano Piloto de Brasília, gente que não conseguiam instalar sua moradia no centro da Nova Capital e eram submetidas as condições precárias e subumanas.
O pioneiro Dimas Leopoldino da Silva na data de 1 de maio de 1960 resistiu a força da Guarda Especial de Brasília que estava retirando com muita truculência os moradores que viviam numa invasão próxima da Vila do IAPI, que é hoje o setor de postos e motéis, região adjacência da Candangolandia.
Foi na manhã de 1 de maio, quando a polícia expulsava as famílias desta invasão e eram surpreendidos com a chegada de caminhões e a liderança de Dimas Leopoldino da Silva que havia negociado com a primeira dama Sarah Kubitschek esposa de JK, condições de amparo aos moradores da invasão que margeava a vila do IAPI bem como acomoda-los em uma área ampla de segura.
De pronto a Dona Sarah Kubitschek atendeu as reivindicações do pioneiro Dimas e autorizou sob a sua liderança a transferência daquela gente que não tinham lugar para morar. Foi aí que o líder da Vila Dimas providenciou transporte e uma linda área de cerrado ao Sul da recém-criada cidade satélite de Taguatinga.
Quando era comemorado o dia do trabalhador as famílias humildes e muitas delas operário da construção de Brasília, estavam sendo amparadas em glebas de terras demarcadas e entregues por Dimas Leopoldino da Silva, que viam naquela gente desamparada, a alegria estampadas em seus rostos ao encontrarem um lugar para erguer seus acampamentos com barracas de lona e madeiras.
Brasília também recém-inaugurada por JK, estava vivendo dias conturbados na política habitacional, devido ao plano original da construção da nova capital não conseguir absorver no plano piloto o excesso de contingente populacional que migravam para o Distrito Federal em busca de emprego. 
A Vila Dimas em Taguatinga Sul foi uma alternativa pensada por seu líder Dimas em desenvolver uma política de assentamento ás famílias erradicadas de invasões que geralmente sofriam com a intervenção da força bruta da GEB. 
Os núcleos provisórios, acampamentos dos operários e as invasões permeavam todo o Distrito Federal e tinham data certa após a fundação de Brasília, serem totalmente removidos, pois suas presenças igualmente consideradas de favelas enfeavam o Plano Piloto, região nobre e administrativa do DF. 
Por tanto a Vila Dimas nasce neste proposito de amparo social e acolhimento aos pioneiros e candangos que não mais queriam retornar para seus lugares de origem, pois agora os candangos estavam inseridos como cidadãos trabalhadores da nova capital.
A Vila Dimas foi um local para dar refúgio e abrigo as família dos operários que encontraram na liderança de Dimas oportunidades de erguer suas casas e poderem estabelecer definitivamente no Distrito Federal.

Texto: Prof. Manoel Dias 
1960 Taguatinga Sul DF.



sábado, 21 de abril de 2018

BRASÍLIA 58 ANOS DE HISTÓRIA


BRASÍLIA 58 ANOS DE HISTÓRIA

Foto: Vista do Congresso Nacional
Por: Prof. Manoel Dias  - 21 de abril de 2018

Juscelino Kubitschek de Oliveira deu início no ano de 1956 às obras da construção de Brasília, a moderna capital do Brasil; JK contou com uma equipe de planejadores para o arrojado e deslumbrante projeto arquitetônico, Oscar Niemayer, Lúcio Costa, Israel Pinheiro, Bernardo Sayão, Athos Bulcão entre outros e em massa dos pioneiros trabalhadores da construção civil.

Os operários candangos vieram de todas as localidades para a construção de Brasília que se erigia em meio ao Planalto central e estava pronta para sua inauguração que ocorreu no dia 21 de abril de 1960.

Brasília já era uma realidade e sua arquitetura moderna destacava-se em todo o mundo, considerando-a oitava maravilha. Em 7 de dezembro de 1987, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) Elegeu Brasília Patrimônio Cultural da Humanidade.

Brasília conviveu no período da sua construção e ainda hoje com uma patologia social de ocupações irregulares de terras e assentamentos improvisados que se alastrou em todo território do Distrito Federal; os núcleos provisórios, espécie de acampamento para abrigar os trabalhadores operários, as vilas e invasões que foram incorporadas as cidades satélites e outros conjuntos habitacionais não previstos em seu projeto original, que surgiram ao longo destes 58 anos de história.

JK entregou para o povo brasileiro a moderna cidade, que após 58 anos, vem crescendo com número populacional maior do que se esperava para este meio século de existência.

Brasília convive com todos os problemas sociais existentes em outras capitais brasileiras, a segregação socioespacial direcionando as classes menos favorecidas as periferias e ainda em assentamentos sem nenhuma infraestrutura básica.

As cidades satélites com suas centralidades mantêm certa individualidade do centro administrativo plano piloto que abriga os altos escalões do governo, mas, o número maior dos brasilienses estão abrigados nas satélites e até mesmo na região metropolitana de Goiás que faz limite territorial com a capital.

Parabéns Brasília, a capital dos pioneiros e candangos, parabéns Brasília a capital de todos os brasileiros, parabéns Brasília com suas indiferenças não sanadas e patologia não curada.